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Ilustração: Marta Pucci

Tempo de leitura: 9 min

Tudo o que você precisa saber a terapia de reposição hormonal (TRH)

O time científico do Clue reuniu as pesquisas mais recentes sobre terapia de reposição hormonal e perimenopausa.

Coisas importantes a saber sobre a terapia de reposição hormonal:

  • A terapia de reposição hormonal (TRH) utiliza hormônios sintéticos para reduzir os sintomas da perimenopausa e da pós-menopausa.

  • A TRH existe em duas formas: apenas estrogênio ou uma combinação de estrogênio e progestina. Ambas terapias podem ser administradas via pílula, cremes, adesivos ou de outras maneiras.

  • A TRH pode aliviar as ondas de calor, os suores noturnos e a secura vaginal. Ela também protege contra a perda óssea.

  • Os riscos incluem maior chance de acidente vascular cerebral, de coágulos sanguíneos, de câncer endometrial e de mama.

Introdução à terapia de reposição hormonal

Passar pela perimenopausa pode ser desafiante e confuso. As pessoas não falam muito sobre a perimenopausa porque ainda é um tema tabu. Além de serem pouco pesquisadas, as alterações hormonais que causam sintomas como ondas de calor, alterações de humor e distúrbios do sono podem perturbar sua vida (1,2), e a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ajudar a tratar tais sintomas em algumas pessoas (3). Mas como qualquer medicação, a TRH traz benefícios e também riscos (4).

Há muitas pesquisas e debates sobre a segurança e os benefícios da TRH. As atitudes em relação à TRH mudaram muito nos últimos 20 anos (5). A terapia já foi vista como controversa porque os primeiros estudos a associavam a um risco maior de câncer de mama. Também sempre foi apontada uma relação entre os tratamentos de estrogênio com um risco maior de AVC (5). Entretanto, conforme mostrado na seção a seguir, esses riscos dependem da sua idade e do seu histórico. Como os níveis de estrogênio diminuem naturalmente com a idade, as mulheres e as pessoas com ovários têm um risco naturalmente maior de ataques cardíacos e derrames (4). Além disso, a meia-idade é o momento em que muitas pessoas têm níveis elevados de colesterol e pressão arterial alta e, muitas vezes, são menos ativas, o que aumenta o risco de doenças cardíacas (4). A maioria dos especialistas concorda agora que as terapias de reposição hormonal podem beneficiar mulheres que iniciam o tratamento entre os 50 e 59 anos, ou até 10 anos após a menopausa (5).

O início da TRH nos primeiros quatro anos da perimenopausa pode reduzir significativamente o risco de doenças cardíacas e pode até mesmo aumentar a expectativa de vida (6). Os riscos e benefícios da terapia dependem de quando você começa e de quem você é (7). Para mulheres de 60 a 79 anos, a TRH não teve os mesmos efeitos positivos que em estudos anteriores (5).

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O que é a terapia de reposição hormonal e como ela funciona?

A terapia de reposição hormonal (TRH) é um tratamento em que a pessoa toma estrogênio sintético e/ou progestina (a forma sintética do hormônio progesterona). Uma TRH repõe os níveis de estrogênio e progesterona que naturalmente declinam durante a perimenopausa e a menopausa (4,8,9). Essa reposição pode reduzir os sintomas de alterações hormonais (10), como ciclos menstruais imprevisíveis (2), ondas de calor (11), secura vaginal (2), alterações de humor (1) e distúrbios do sono (2).

A perimenopausa, o tempo que precede a menopausa, pode durar de alguns meses até 11 anos. Em média, dura entre 4–15 anos (12-5). A menopausa é o momento em que alguém não menstrua mais por um ano inteiro (4).

Os dois principais tipos de terapia de reposição hormonal são a de apenas estrogênio e a combinada de estrogênio e progestina (16). A TRH pode ser administrada de variadas formas, como pílula, adesivo, gel ou cremes (16). Leia a seguir para saber mais sobre cada tipo.

Quais são os diferentes tipos de terapia de reposição hormonal?

TRH de apenas estrogênio

O estrogênio é o principal hormônio usado na terapia de reposição hormonal (5). Como o nome sugere, a TRH de estrogênio contêm apenas o hormônio estrogênio, sem progestina. Costuma ser prescrito para pessoas que tiveram uma histerectomia (17).

A TRH de estrogênio costuma estar disponível em duas formas:

  • Terapia estrogênica sistêmica: uma dose alta de estrogênio é lançada na corrente sanguínea para ajudar a controlar vários sintomas vasomotores, como ondas de calor e suores noturnos (10). Esse método pode ser administrado de diversas maneiras, como pílula, adesivos, gel e sprays (10).

  • Terapia local estrogênica: geralmente prescrita para pessoas sofrendo de sintomas geniturinários como secura vagina, queimações e dor durante o sexo (18). É aplicada na vagina através de cremes, tabletes, supositórios e anéis, administrando pequenas doses de estrogênio no tecido vaginal (19).

Terapia combinada de estrogênio com progestina:

A terapia de reposição hormonal combinada costuma ser prescrita para controlar sintomas vasomotores e geniturinários que ocorrem com o declínio dos níveis de estrogênio (2,20,21). Esses sintomas geniturinários incluem secura vaginal e incontinência urinária (6,20). A TRH combinada pode ajudar a estabilizar os níveis hormonais, a reduzir a intensidade e a frequência das ondas de calor e da sudorese noturna, além de promover a melhora do sono (6). Para reduzir o risco de câncer endometrial devido ao excesso de estrogênio, também indica-se a TRH combinada às pessoas que realizam a terapia estrogênica sistêmica (10).

A dosagem da terapia de reposição hormonal combinada depende do ciclo menstrual de cada pessoa. Para aquelas com menstruação contínua, a dosagem cíclica (usando dosagens diferentes durante semanas específicas do ciclo) é frequentemente prescrita (22). Para quem parou de ter menstruações, a dosagem contínua (sem pausas) é geralmente sugerida (23). A dosagem contínua não é apropriada para mulheres perimenopausais (23).

Quais são os benefícios das terapias de reposição hormonal?

A TRH pode reduzir os sintomas da menopausa e da perimenopausa, melhorar a sua qualidade de vida e promover o seu bem-estar geral.

Esses benefícios incluem (1,6,10,24-26):

  • Redução das ondas de calor, de distúrbios do sono, de sudorese noturna e de irritabilidade

  • Alívio da secura vaginal

  • Proteção contra perda óssea, que ajuda a reduzir o risco de osteoporose e de fraturas ósseas

  • Diminuição do risco de morte por doenças cardíacas em mulheres com menos de 60 anos. Esse efeito é mais observado em pessoas que iniciam a terapia de apenas estrogênio cerca de 10 anos antes da menopausa.

  • Diminuição do risco de câncer de cólon e de reto nos tratamentos combinados de estrogênio e progestina

Quais são os riscos das terapias de reposição hormonal?

A TRH, como qualquer medicação, traz certos riscos. Os riscos variam dependendo do tipo de TRH que você toma.

  • Tanto as terapias combinadas quanto as somente com estrogênio estão associadas a um pequeno aumento no risco de câncer de mama.

  • Tanto a TRH de estrogênio quanto a TRH combinada estão associadas com um pequeno aumento das chances de um acidente vascular cerebral (AVC) (4). Esse risco diminui assim que você para com o tratamento (27).

  • Tanto a TRH combinada quanto a TRH somente com estrogênio estão associadas a um risco ligeiramente maior de doença da vesícula biliar (4).

  • Tanto a TRH de estrogênio quanto a TRH combinada estão associadas com um risco um pouco maior de ataque cardíaco (4). Esse risco pode ser influenciado pela idade, por condições médicas pré-existentes e pelo tempo do início da TRH (4). Quem tem problemas cardíacos ou maior chance de ataques cardíacos apresenta maiores condições de desenvolver condições cardíacas (26). Esse risco é particularmente notável nos dois primeiros anos da terapia de reposição hormonal (26).

  • As terapias de estrogênio e combinadas administradas em pílulas estão associadas com um risco um pouco maior de desenvolvimento de coágulos sanguíneos (26). O risco diminui com o tempo (26). A TRH administrada por meio de adesivo, gel, creme ou spray está associada a um risco menor de desenvolver coágulos sanguíneos (4,18,27).

  • A TRH somente com estrogênio está associada a um risco maior de câncer endometrial em pessoas que não foram submetidas a histerectomia (4). Por outro lado, a TRH combinada está associada com um menor risco de câncer endometrial (6,27).

Obesidade, tabagismo, inatividade física, genética, idade avançada e histórico familiar de coágulos sanguíneos ou câncer de mama podem aumentar o risco de coágulos sanguíneos e câncer de mama durante o uso da TRH (5). E se você tem um histórico de câncer de mama, de câncer endometrial, de AVC, de ataque cardíaco, de coágulos sanguíneos ou de doenças do fígado, a TRH sistêmica geralmente não é recomendada (10). Por fim, se você é gestante ou suspeita de uma gravidez, pare de tomar a terapia de reposição hormonal imediatamente e consulte-se com um profissional de saúde (10).

Quais são os efeitos colaterais da terapia de reposição hormonal?

Efeitos colaterais comuns da TRH incluem (10,28):

  • Dores nos seios

  • Inchaço

  • Mudanças no humor

  • Aumento da pressão sanguínea

  • Sangramento uterino e manchas de escape

  • Dor de cabeça

  • Mudanças no apetite sexual

  • Dor de estômago

  • Alterações no fluxo da menstruação

  • Inchaço nas mãos, nos pés ou nas pernas

Se você estiver tomando TRH e perceber que algum desses sintomas persiste ou piora, fale com seu médico (28). Você pode mudar para o modo Clue Perimenopausa, que inclui opções de rastreamento como ondas de calor, suores noturnos e qualidade do sono. Acompanhar suas experiências com o Clue pode ser uma maneira útil de entender como a TRH afeta você e seus padrões de sintomas e de analisar as mudanças ao longo do tempo.

Conclusão

Se você está apresentando sintomas incômodos da perimenopausa, a terapia de reposição hormonal pode ajudar. Mas ela não é adequada para todo mundo (3). Converse com profissionais de saúde ou um(a) ginecologista para determinar se a TRH é a escolha certa para você. Numa consulta, lembre-se sempre de mencionar experiências relevantes, histórico pessoal e familiar, além de perguntar sobre riscos e benefícios baseados em seu perfil de saúde.

Perguntas frequentes

Qual TRH é a melhor para a perimenopausa?

O tipo de terapia de reposição hormonal mais adequado para você dependerá do seu histórico médico e dos sintomas da perimenopausa (3). É melhor conversar com um profissional de saúde para decidir qual tratamento é melhor para você e para conhecer os efeitos colaterais e os riscos dos diferentes tipos de TRH.

A terapia de reposição hormonal aumenta o risco de câncer de mama?

Tanto as terapias combinadas quanto as somente com estrogênio estão associadas a um pequeno aumento no risco de câncer de mama. O risco é maior por quanto mais tempo se realiza o tratamento (4). Se você tiver um histórico familiar de câncer de mama, a TRH sistêmica geralmente não é recomendada (10).

Quando você deve iniciar a terapia de reposição hormonal?

A maioria dos especialistas concorda que a TRH pode ajudar mulheres e pessoas com ciclos que a iniciam dentro de 10 anos após a menopausa ou entre 50 e 59 anos de idade (5). Estudos mostram que iniciar a TRH dentro de quatro anos após a perimenopausa pode reduzir o risco de doenças cardíacas e aumentar a expectativa de vida (6). Os riscos e benefícios da terapia de TRH podem variar dependendo de particularidades da pessoa ou da idade em que o tratamento é iniciado (7). Para mulheres de 60 a 79 anos, o início da TRH não mostrou efeitos benéficos tão significativos quanto em estudos anteriores (5).

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